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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Extremamente exagerado.


Sempre vivi no extremo, no exagero, não gosto do pouco, o pouco nem de longe me completa e o muito pra mim é muito pouco, gosto mesmo do exagero, do sem controle, do sem limites, não sei o que é está feliz mais ou menos não sei o que é ser triste mais ou menos, se estou triste pode ter certeza que estou extremamente triste e isso vale para tudo em minha vida, acho que nunca fiz nada muito ou nada pouco, sempre fiz exageradamente tudo.
Um dia meu grande amigo e médico disse que se eu quisesse viver um pouco mais eu deveria diminuir o cigarro, então parei de fumar por longos cincos anos, não tem como um homem como eu que fumava dois maços de cigarro por dia passar a fumar apenas um maço então parei de uma vez, passei cinco anos sem fumar, longe de mim fazer aqui apologia ao fumo, mas a primeira coisa mais estúpida que fiz na minha vida foi começar a fumar e a segunda coisa mais estúpida que fiz foi ficar sem fumar por esses terríveis CINCOOOO anos, hoje pensando melhor, percebo a falta de lógica nesse meu ato, segundo meu médico parando de fumar eu duraria mais alguns anos, mas se todo ser humano nasce sabendo que vai morrer eu serei mais inteligente que todos sabendo desde já a causa da minha morte, e foi com mais esse pensamento idiota que voltei a fumar, claro que agora fumo três maços por dia, até na burrice sou exagerado.
Já até perdi as contas de quantas vezes a Flor-mulher me encontrou nos botequins, embriagado ou pelo álcool ou pelo perfume de uma bela dama e sem mais perguntas levou-me para casa, acalentou meu peito, curou meu porre, limpou as marcas de batom barato nas blusas e amou-me como só a mulher amada sabe amar.
Por algumas vezes acordei no meio da noite e me joguei no corpo da Flor-mulher, amando-a como se fossemos morrer ao amanhecer.
Obviamente que o fato de ser um homem controlado por excessos não é nada interessante para os demais que me rodeiam, por diversas vezes entro numa tristeza profunda e passo dias assim, os anjos que cercam minha vida tentam me reerguer, claro que inutilmente, então passa um pouco mais de tempo e eu sozinho perdido em meio as minhas boas lembranças ou até mesmo nos momentos prazerosos do dia-a-dia eu me levanto e entro numa felicidade extrema e assim a vida segue como numa grande montanha russa e eu como mero carrinho controlado por uma máquina chamada emoção.

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