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domingo, 24 de abril de 2011

Tudo pode acontecer numa noite de solidão!Credo!





Outro dia um grande amigo, me disse que meus textos têm algo de Nelson Rodrigues, é meio dramático, fala de tabus, é provocante e insinuante. Nossa! Eu fiquei no céu com esse elogio, já que sempre fui apaixonada por Nelson, fiquei louca por ele desde que li o livro: Elas gostam de apanhar. Então caros leitores, se eu já exagerava antes, agora é que o bicho vai pegar, e se gosta de textos água com açúcar parafrasearei agora Manoel Bandeira...

“Eu faço versos como quem chora
De desalento… de desencanto…
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.

Meu verso é sangue. Volúpia ardente…
Tristeza esparsa… remorso vão…
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.

E nestes versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre Sabor na boca.

- Eu faço versos como quem morre”

Tudo pode acontecer numa noite de solidão!Credo!

Não tenho nada contra uma boa noite de solidão, adoro vagar pelado pela casa, carregando minha carcaça de ossos nus e totalmente livres, badalando de um lado para o outro minha masculinidade, por não ter ninguém em casa eu consigo encontrar-me comigo mesmo, me abraço, flerto comigo, me esnobo, já que não sou fácil, depois de muita insistência de minha parte, caio em meus braços me entregando no prazer mais solitário... Vocês devem está pensando que isso é coisa de louco, mas quem nunca ficou namorando consigo mesmo diante do espelho? Quem nunca ficou se olhando milimetricamente na hora do banho? Mulheres observando o tamanho dos seios e os homens o tamanho do pênis? Deixemos a hipocrisia de lado e falemos a verdade, sei bem que falar a verdade não está na moda, mas o brega também tem seu lado bonito!
A noite estava silenciosa, só conseguia ouvir meus passos pela casa, acendi um cigarro, peguei a garrafa de conhaque e fui me sentar na varanda para apreciar a bela lua que contrastava com a feiúra de meu corpo esquelético, reparei que alguém me espreitava com o binóculo, por impulso pensei em levantar-me e voltar para dentro de casa, protegendo-me de olhares curiosos, mas eu não tinha nada para esconder, sempre joguei olhares indiscretos para a vizinha do bloco C, mas seria sorte demais se fosse ela, caros amigos leitores, ela é linda, cabelos loiros, olhos verdes, bunda de negona, boca de ter orgasmos, mas tem um marido que parece ter saído do filme Rambo, um loirão de quase três metros de altura, daqueles com cara e jeito de matador de aluguel, por isso só me atrevo olhar pra ela quando ele não está por perto, mas só de pensar naquela bunda maravilhosa, naquela boca sinto algo crescer em mim, e esse fato parece ter aguçado ainda mais a pessoa que me observa, resolvo então dar um showzinho para minha telespectadora, começo a me acariciar, me masturbar, quando estou bem no clima, olho para o apartamento e vejo que a pessoa está quase caindo de sua varanda, percebo que ela está querendo o mesmo que eu, de imediato tenho uma idéia para saber se realmente se trata da minha fabulosa vizinha de bloco, corro para o interfone e peço para o João, porteiro do prédio interfonar para o apartamento da vizinha boazuda, o porteiro bastante camarada faz esse favor, quando vejo ela sair da varanda e ir atender o interfone quase tenho um orgasmo ali mesmo, no meio da sala, mas me acalmo e tento aparentar sobriedade, ela atende o interfone e com a voz meio roca, aparentemente gripada, fala:
__ Pois não.
Eu e meus hormônios gritamos:
__ Você gostaria de vir ao meu apartamento e terminar o que comecei sozinho?
Prontamente ela responde:
__ Sim.
Desligo o interfone, as luzes do apartamento de onde eu era espreitado são apagadas, nossa ela está vindo pra cá!
Não, não posso entrar em pânico agora, a noite será incrível, não posso fazer feio para aquele fenômeno de mulher, corro pro quarto, tomo um azulzinho pra ajudar, fico em ponto de bala, o canhão está a postos, só esperando a beldade bater em minha porta!
Toc, toc, toc... Ela chegou, eu ainda estou pelado, agora estou super empolgado, a bandeira já está levantada, rapidamente caminho até a porta e abro...
__ Oi, fiquei observando você da minha varanda, nossa sua anaconda é maravilhosa e pelo visto gostou de mim. Vou devorar ela inteirinha...
Por alguns minutos fiquei sem chão, sem voz, sem ação!
__ Não, não, comigo não irmão, eu pensei que fosse a sua mulher, vai procurar outra anaconda pra comer jacaré!
Fechei a porta, vesti meu pijamão largo e prometi pra mim mesmo que nunca mais andaria pelado outra vez, por que encarar um loirão daquele tamanho querendo devorar sua anaconda, não é mole não!!!
Credooooooooo!!!!!
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segunda-feira, 18 de abril de 2011

“Todos os dias”

Sabe aqueles dias em que o que você mais deseja é que ele termine? Pois bem, hoje fiquei olhando cada volta que o ponteiro do relógio dava, o trabalho não rendeu nem o mínimo esperado, o telefone tocou por diversas vezes, óbvio que eu sabia que era meu chefe, mas não atendi, pois na minha cabeça doente eu acreditava que ao olhar para o relógio eu estava ajudando o ponteiro a passar mais rápido, nem o meu cafezinho amargo de todos os dias eu tive vontade de tomar, não parei de olhar o relógio nem para fumar.
A hora do almoço chegou, todos foram para o feijão verde, restaurante em que sempre almoçamos, mas eu realmente estava sem fome, sem saco para conversas vazias e preferi ficar na clausura do relógio e da ansiedade, conferia de segundo em segundo se o relógio do pulso estava de acordo com o da parede, minhas mãos estavam suadas, meu coração acelerado, tão acelerado que parecia atrapalhar minha respiração, mil pensamentos passavam pela minha cabeça, as pernas pareciam ter vida, balançavam de um lado para o outro em um frenético Chacoalhar, os dedos tamborilavam no teclado sem nada produtivo para escrever, a boca estava seca, os olhos úmidos, eu sabia que aquele dia poderia ser o primeiro da minha vida...
Todas essas emoções, sensações, sentimentos e reações estavam dilacerando meu coração, a hora não passava, a vida não seguia e tinha tanta coisa pra acontecer aquela noite,mas parecia que até o céu conspirava contra mim.
O trabalho acumulou um pouco mais, meu editor pediu minha crônica e eu nada havia escrito, o puxa saco do escritório me cobrou mais atenção, a secretária gostosa passou diversas vezes rebolando em minha frente, mas nada despertava em mim alguma reação, além das trezentas que eu já estava sentindo.
Enfim o ponteiro do relógio foi meu amigo, era então 18:30, sai correndo do jornal, esqueci minha pasta, chave de casa, carteira de cigarro e minha consciência, parei na esquina e comprei orquídeas amarelas, peguei um táxi e rapidamente ordenei:
__ Dragão do mar, por favor... E se o senhor for rápido pago o dobro da corrida!
Curioso o taxista perguntou, qual era o motivo de tanta pressa!
Prontamente respondi:
__ Há muitos anos conheci uma garota, fui completamente apaixonado por ela, mas a vida girou e ela se casou com Dinamarquês, foi morar fora do país, mas ontem a noite em um jantar beneficente desses que odeio ir eu coincidentemente reencontrei esse meu grande amor do passado, claro que ela estava de braços dados com seu marido e eu com a minha esposa, por isso só tive a oportunidade de perguntar se ela ainda lembrava-se de mim, e quase sussurrando ela disse “todos os dias”, hoje pela manhã ela me ligou e disse está pronta para a nossa história, disse que chegou o nosso momento e que eu fosse encontrá-la no planetário do dragão do mar, onde no passado fizemos amor pela primeira vez, por isso caro amigo, pisa fundo!
O motorista camarada, acelerou o carro e em pouco mais de vinte minutos eu já estava diante do planetário, a lua estava linda, uma leve brisa corria refrescando meus desejos, a luz ofuscava a visão, mas o cheiro de amêndoas aguçou meus sentidos e me fez olhar na direção da mais bela de todas as criaturas, linda parecia ter a pouco sido esculpida por Deus, os olhos brilhavam, a boca sorria, as mãos me procuravam,e as pernas não resistiram e correram ao meu encontro, as orquídeas caíram no chão, envolvi Amanda em um abraço apertado, o beijo foi inevitável, corpo com corpo, alma com alma, boca dentro da outra boca, o mundo podia acabar naquele instante e eu já poderia dizer que a vida fazia sentido!
O mundo realmente acabou, um barulho imenso tomou conta do meu momento mágico, tive medo de abrir os olhos, a boca de Amanda perdia aos poucos a força de outrora, as mãos se soltaram de meu corpo, a música parou, não tinha como evitar então abri os olhos e me deparei com o sangue de Amanda em minhas mãos, as pessoas corriam de um lado para o outro, gritos e confusão, o sangue de Amanda em minhas mãos, o corpo de Jack marido de Amanda estva jogado em um canto do calçadão, a cena agora estava se juntando, uma arma de fogo ainda quente ao lado do corpo, Jack seguiu Amanda até o encontro e não suportando a traição, atirou em Amanda, depois se matou e deu fim trágico a minha bela história de amor!
Num último suspiro de vida, Amanda juntou todas as suas forças e disse:
__ E esse foi o meu “Até que a morte nos separe”
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sábado, 16 de abril de 2011

Agradecimentos...


       Muito obrigado a vocês meus amigos que vieram prestigiar este blog.
       Vamos nos encontrar muitas vezes por aqui, não é mesmo?
       E a você Lívia, o meu carinho e a minha gratidão por confiar em mim. Tenho um apreço especial por nossa amizade. Se precisares de qualquer outra coisa e eu puder ajudar sabe onde me encontrar.
      Espero que tenhas gostado.
      Te desejo tudo de bom e que muitos seguidores também descubram a pessoa encantadora que és.
      Mil beijos minha amiga!!
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AMIGOS...

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quinta-feira, 14 de abril de 2011

UMA AMIGA...

        CONHECI ESTA BLOGUEIRA, LOGO QUE INICIEI O MEU BLOG.
        SEUS TEXTOS NARRAM A VIDA DE UM JORNALISTA...
        É INTERESSANTE COMO ELA DESCREVE A ROTINA DESTE JORNALISTA DE UMA FORMA PECULIAR.
        DESPERTA A CURIOSIDADE DE SABER MAIS...
        ME PROPUS A DAR UMA MÃOZINHA NO LAYOUT E ACABEI ESTRAGANDO UM TEXTO EXCELENTE, ESPERO QUE ELA ME PERDOE...SRSRS




GOSTARIA DE CONVIDÁ-LOS A PARTICIPAR DESTE CANTINHO TÃO ESPECIAL.
TENHO A CERTEZA DE QUE VÃO GOSTAR ASSIM COMO EU.







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segunda-feira, 11 de abril de 2011

Realidade !!!



Ando tão sem tempo para meu grande hobby “escrever” ultimamente vivo somente para a realidade, minha vida que antes era tão cheia de cor, agora está toda em preto e branco, sonhos, desejos, fantasias, tudo isso foi jogado em um poço sem fundo e colocado uma pedra em cima, sumiu tudo dando espaço para a responsabilidade do trabalho e os dissabores do dia-a-dia.
Porra, sinceramente parece que acordei no final do filme da minha vida e perdi a parte do “feliz para sempre”, mas acordei a tempo de assistir todos os dramas que norteiam a minha vida, não é saudosismo, mas eu daria tudo que tenho para voltar a ter meus 18 anos, naquele tempo tudo me inspirava escrever, seja uma noite estrelada, um beijo arrebatador, um sorriso quase ingênuo de uma prostituta devassa, mas agora, hoje não tenho mais tempo, não sei onde anda minha inspiração, me perdi de mim mesmo sem nem ao menos ter a vontade de me procurar, chego tão cansado do trabalho, tão cheio dos problemas de casa que nem observo se é noite ou dia, troquei a boa e velha garrafa de vinho, por um copo de leite bem morninho, não sei mais o que ter vontade de jogar conversa fora, me sentar numa mesa de bar e ver a noite virar dia, pegar uma mulher na rua jurar-lhe amor eterno, rolar em seus braços e na manhã seguinte esquecer o amor antes vivido, não sei mais o que é ser feliz.
Hoje nem sei o que me deu para acordar as 04:00 horas da  madrugada e ter essa enorme vontade de escrever, faz tempo que não sou mais um cão insone, não saio mas a ladrar nas ruas e nem muito menos uivo para a lua, não sei o que me deu, minhas pernas caminharam para a frente do computador e minha mão tomou vida e sozinha começou a digitar, acho que o coração estava precisando desabafar, mas infelizmente no meu corpo não é só o coração que fala, a minha cabeça está gritando que as 07:00 horas eu precisarei está acordado e bem disposto para suportar horas de trabalho na redação daquele jornal de merda que nada valoriza o bom profissional e que prefere colocar na capa matérias sobre políticos fazendo caridade (porque esse pagou bem por isso) do que colocar matérias ousadas e verídicas que poderiam fazer com que seus leitores se tornassem seres pensantes e realistas.
Não, não vou usar de meu texto para falar de problemas reais, isso só vai me deixar mais revoltado com essa sociedade que não faz nada para modificar esse sistema obsoleto e corrupto.
Resolvi ligar a TV para relaxar, mesmo por que já faz um bom tempo que não ligo esse aparelho, está passando em um programa um homem de terno bem alinhado que grita em nome de Deus, ordena que os pobres ou quem está passando dificuldades que vendam tudo que tem e joguem numa tal fogueira, que virá tudo em dobro, convoca que todos num determinado horário se encaminhem até a igreja para uma tal benção da riqueza, não deu outra, a indignação voltou com toda força, não sou contra uma ou outra religião, na verdade nem ligo muito pra isso, sou mesmo um observador das mazelas do mundo, me agrada a religião espírita, protestante, católica, umbandista, leio e me interesso sobre tudo, mas essa não deu para aguentar calado, como é que pode? Depois de um massacre horrível numa escola do Rio, um fulaninho desse vem falar em riqueza? Pelo amor de Deus, vai pedir para tua igreja fazer oração por essas vítimas, pedir para que Deus console e abrande o coração dessas mães que perderam suas filhas. Definitivamente perco a fé na raça humana, parece que a misericórdia e o amor ao próximo foram jogados para tão longe, mas tão longe que de onde estamos já não conseguimos mais vê-los e o que dirá senti-los.
Droga, já são 06:50, preciso tomar banho e ir trabalhar, lá vou eu me juntar a todos, lá vou eu tentar por mais um dia sobreviver nessa realidade dolorosa, sei que ao chegar o trabalho terei que ser mais um a explorar exageradamente esse caso, mostrarei a carta do marginal, que só é marginal por que morreu, por que se vivo tivesse, seria apenas uma vítima da sociedade, assim certamente alegariam os defensores dos direitos humanos.
Decidi agora... Vou colocar esse texto em minha crônica hoje no jornal!
Certamente terei problemas com religiosos, defensores dos direitos humanos e até mesmo com meu editor que prefere falar do massacre como um grave problema da sociedade do que observar que aquelas crianças tinham uma família que hoje, nesse exato momento choram a falta delas!
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segunda-feira, 4 de abril de 2011

A prostituta!!!


Antes que todas as mulheres que irão ler esse texto queiram me estourar os miolos, antes dessas mulheres me queimarem em praça pública, já me defendo, o coração é quem faz escolhas o corpo apenas obedece quase que coagido!
Sempre amei a Flor mulher, é assim que chamo minha esposa desde o dia em que nos conhecemos, nos casamos e tivemos dois filhos, minha esposa é pura perfeição, me curou os porres, me acalentou em noites insones, sempre entendeu meus momentos de desespero e solidão, a flor mulher vivia para o lar, os filhos e para mim e em troca disso eu nunca ficava com uma mulher mais de uma vez, era sempre um encontro, um carinho, um gozo e pronto, paixão esquecida e voltava a me jogar nos braços quentes e bondosos de minha eterna companheira.
A vida estava resolvida, casos passageiros, filhos encaminhados, amor e aconchego na volta para casa, mas nada fica pra sempre perfeito...
Numa noite de terça, dia esse que nem tenho o costume de sair, já que tenho que acordar cedo na quarta para ir ao famigerado trabalho, mas naquela noite a rua me puxava, fui caminhar no calçadão da Beira-mar, ainda era cedo, não era o horário de expediente da rosas que a noite por lá habitam, mas uma, muito pontual já estava lá, algo me chamou a atenção naquela moça, pois portava com ela um livro, sejamos sinceros, é muito incomum para a profissão ou mesmo para o tipo de trabalho que certamente ela faria que ela carregasse um livro nos braços, mas deixando o preconceito de lado, resolvi me aproximar, percebi que o livro era meu, eu tinha escrito, ela no ato me reconheceu, passamos a noite toda conversando, ela não trabalhou naquela noite e eu não colhi o mel da rosa, mas a noite foi mais que prazerosa, combinamos de na noite seguinte nos reencontrarmos e assim se seguiu por uma semana, toda noite nos encontrávamos e conversávamos, até que chegou o sábado, querendo ou não, sábado é noite de foda, fomos para a casa dela e lá um momento único aconteceu, com ninguém foi daquele jeito, eu já tinha pego mais de mil mulheres de rua, vadia, dama refinada, donzela pura e casta, ou seja meu leque era vasto, mas naquela noite, estrelas dançavam no teto do quarto, a cama brilhava como a lua, e meus lábios enfim repousaram sobre o melhor e mais fogoso sol, Jennifer implorou para que eu fosse somente dela, amor como aquele não poderia ser jogado fora, Jennifer brigou, berrou, implorou para ser a única, até ameaças cogitou em fazer, então não pensei duas vezes, resolvi abandonar tudo, estava decidido a não mais voltar pra casa, também não conseguiria ver os olhos da  mulher quando fosse por mim abandonada, então combinei com Jennifer de que eu escreveria uma carta e ela se encarregaria de entregá-la. Pronto, agora só faltava eu escrever a maldita carta, então escrevi...

“A vida vestiu-se de negro, o coração se encheu de solidão sem a menor razão, parti em silêncio, fugi de você como um ladrão, mas roubaram a mim, me roubaram de você, roubaram meu corpo, meu rosto, roubaram meu gosto. Estava navegando no ócio de um mal-estar, mesmo ao seu lado eu buscava por emoções e hoje me joguei no abismo sem nem mesmo saber voar, rasguei o peito, pois o amor que entrou nele é mil vezes maior, mas não tem problema, a pele vai certamente cicatrizar, tenho um coração vagabundo, uma cabeça pensante e um corpo errante, não vou mudar minha índole, o que vou fazer é me jogar no profano e aconselho que faça o mesmo, a vida é muito curta então seja rápida, encontre um novo amor, uma nova paixão, um novo homem que te satisfaça, quebro agora o telhado que por algum tempo me guardou dos perigos, jogo a chave fora, não vou mais precisar usá-la, guarde contigo apenas o meu sorriso mais franco e nada mais, pois não mereço, mate todo o sentimento que ainda nutrir por mim, mate-o de fome, mate-o de medo, mate-o de desprezo, pois é isso que realmente mereço, enquanto esse sentimento morre eu renascerei para outro, sou tão realista que já consigo olhar para mim e não te ver, não estou sendo cruel, eu só preciso urgentemente te falar toda a verdade, Sinto que é hora de voar. Como uma borboleta, eu estou me desfazendo de meu casulo, sou livre e espero que se sinta livre também, tenho uma dona, uma única mulher ocupa meu coração, mesmo sendo vagabundo é por ela que meus dias fazem sentido, não preciso mais de você, chega de tudo isso não posso mais esconder, sinto muito mas pra nós dois o final já chegou foi tarde, nunca mais te procurarei e espero que faça o mesmo, não te darei adeus por que como disse antes, eu já não te vejo em mim, fique com meus olhos, com minha intenção nas preces mais fervorosas. Mas agora desato os meus sapatos e vou caminhar por uma estrada que já conheço e realmente amo, volto hoje para os braços da minha verdadeira Flor mulher!”

Ao terminar de escrever essa carta, entreguei para Jennifer e sem a menor culpa, lhe disse:
__ Está carta é para você minha bela, mas não se preocupe você certamente será a protagonista do meu próximo livro, por que pra minha vida eu já tenho uma e ela será eterna, tchau!

E com toda falta de consciência que me é peculiar, voltei para minha casa, meus filhos, minha belíssima esposa, por que minha mulher é encanto e admiração, é bonita como o nascer do sol numa manhã de domingo na praia de Canoa quebrada, o cheiro dela me embriaga mais do que qualquer bom conhaque, o sabor tem um doce incomparável, minha mulher é o fenômeno ao qual fui presenteado por Deus e Jennifer será para mim, mas uma das milhares de protagonistas que vagueiam em meus livros, com finais sombrios e raramente felizes, uma inspiração você tem em qualquer lugar seja num banheiro público ou em um bosque maravilhoso, já o amor, você só tem uma vez na vida e esse requer trabalho, carinho um tantinho de mentira para conservá-lo.
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sábado, 2 de abril de 2011

Autora se despe da ficção e a realidade machuca!


Peço perdão aos meus leitores, mas só por hoje deixo a ficção de lado e escrevo um pouco sobre a realidade, mesmo que ainda me cause tanta dor...

Para você meu pai!!!

Ai que saudade!!!
Saudade daquela minha paz da infância.
Saudade das tardes que eu ficava sentada
Do lado de fora da nossa casa só para esperar você,
Meu super-herói aparecer, sujo, cansado, mas que
Para mim, parecia um anjo que certamente me
Traria a alegria de um belo domingo na praia...
Ai que saudade de um tempo onde eu ria
Assistindo o seriado do Chaves.
Saudade de correr na chuva, jogar bola,
Acima de tudo, saudade do carinho e do aconchego
Daquele que não volta, daquele que durante a
Minha infância me conduzia, daquele que eu
Sabia que podia confiar.
Até hoje quando eu sei que não tem ninguém
Olhando vou lá pra fora da minha casa
Esperar meu super-herói voltar.
Sujo, cansado do trabalho, mesmo sabendo
Que já faz muito tempo que Deus
O levou de mim.
Que saudades!!!!
Do tempo em que eu pensava que você
Meu pai... Voltaria!!!

Os anos se passam devagar e saudade segue em ritmo acelerado!
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